Um estudo realizado por Vanessa Gracieli Kuwano e Alexandre Miyaki da Silveira mostrou o porquê dos exercícios físicos para os idosos.
Infarto do Miocárdio
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência das atividades físicas sistematizadas, no caso a hidroginástica, na autopercepção do idoso em relação às atividades da vida diária. Fizeram parte da amostra 40 indivíduos do sexo feminino com idade acima de 50 anos. Destes, 20 idosos freqüentaram as aulas de hidroginástica duas vezes por semana, e 20 indivíduos não praticavam atividade física, ou seja, eram sedentários. A pesquisa caracterizou-se como descritiva, e como
instrumento de medida utilizou-se um questionário com 40 perguntas, proposto por Andreotti e Okuma (apud MATSUDO, 2000), o qual se refere às várias atividades realizadas durante a rotina diária do idoso. Para tratamento dos dados, foi utilizada a escala proposta por Andreotti e Okuma (apud MATSUDO, 2000), a estatística descritiva e o teste “t” de Student. Foram comparados os dados de indivíduos que praticavam hidroginástica havia um ano ou mais e dados de indivíduos sedentários. Os resultados apontaram que os indivíduos praticantes de atividade física melhoraram em relação aos aspectos
físico, psíquico e social e receberam um conceito de “muito bom”, pontuação máxima na escala proposta pelo estudo, enquanto os indivíduos sedentários receberam o conceito de “bom”. Houve diferença estatisticamente significativa p<0,05,
entre o grupo de idosos ativos e o de inativos. Concluiu-se que o programa atividades físicas sistematizadas - hidroginástica - auxilia na manutenção da autonomia do idoso em relação às atividades da vida diária, e que os idosos percebem os benefícios proporcionados pela atividade física. Tais resultados interferem, de maneira positiva, na qualidade de vida dos idosos.
Outro problema muito comum causado pelo sedentarismo na terceira idade.
Essas complicações ocorrem quando os grandes vasos são afetados, levando à obstrução/estenose (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos –que possam combater a pressão alta, o aumento do colesterol e suspender o tabagismo – são medidas imprescindíveis de segurança. A incidência deste problema é de 2 a 4 vezes maior nas pessoas com diabetes.
Infarto Agudo do Miocárdio (Angina de Peito)Essa é uma doença cardiovascular responsável pela principal causa de morte relacionada ao diabetes, não importando o tipo. Sem controle adequado, geralmente surge o estado de hiperglicemia, o que é um fator de risco para doenças do coração.
Além disso, outros fatores predispões a arteriosclerose como a hipertensão arterial, alteração do metabolismo das gorduras (aumento do LDL, aumento dos triglicérides e redução do HDL), tabagismo, obesidade, falta de atividade física e presença de microalbuminúria (proteína na urina).
Esse é um processo que ocorre com as placas de gordura nas principais artérias do organismo (como as coronárias do coração). Com o tempo, essas placas podem se romper, formando coágulos de sangue que levam à obstrução, caracterizando o que chamamos de infarto do miocárdio.
Sintomas de Infarto do Miocárdio Nem Sempre São Iguais
Muitas pessoas com um quadro de infarto apresentam os mesmos sintomas. Contudo, podem aparecer manifestações atípicas: casos com total ausência de dor (infarto silencioso), ou o surgimento de dores em locais fora do tórax, como a parte superior do abdome, ombros, dorso e pescoço. Nesses casos é mais difícil diagnosticar o problema.
Como sempre, o bom controle das taxas glicêmicas, associado ao controle dos outros fatores de risco, pode prevenir o infarto agudo do miocárdio. Além disso, existem medicações que podem promover um efeito protetor. Procure sempre um médico para a melhor avaliação do seu caso.
Recomenda-se que as pessoas com diabetes recebam uma avaliação anual para o risco de doenças no coração. Além do exame clínico com o médico, indica-se a realização dos exames rotineiros dos fatores de risco:
Como sempre, o bom controle das taxas glicêmicas, associado ao controle dos outros fatores de risco, pode prevenir o infarto agudo do miocárdio. Além disso, existem medicações que podem promover um efeito protetor. Procure sempre um médico para a melhor avaliação do seu caso.
Recomenda-se que as pessoas com diabetes recebam uma avaliação anual para o risco de doenças no coração. Além do exame clínico com o médico, indica-se a realização dos exames rotineiros dos fatores de risco:
- Avaliação do diabetes;
- Colesterol, triglicérides;
- Pressão arterial.
Também é recomendado a realização de testes para a detecção de isquemia miocárdica.
Acidentes Vasculares Cerebrais ou Obstrução das Artérias das Pernas
Os níveis de gordura nas paredes das artérias podem ficar tão elevados ao ponto de causar o estreitamento da passagem do sangue, acarretando no entupimento completo. Chamamos essa situação de obstrução ou estenose arterial.
Essas gorduras acumuladas podem causar a formação de coágulos que, se levados pela corrente sanguínea, acabam entupindo (oclusão) uma artéria distal (que vem a seguir) de menor diâmetro. Essa interrupção da irrigação pode levar à isquemia, que é a redução da chegada de oxigênio nos tecidos.
Se a oclusão for de uma artéria coronária, a conseqüência será um infarto do miocárdio. Se for de uma artéria que irriga o cérebro, ocorrerá um derrame ou acidente vascular cerebral. Se a oclusão acometer uma das artérias da perna e não for tratada a tempo, pode ocorrer dor durante a caminhada, sensação de frio nas extremidades e, às vezes, até uma amputação por gangrena.
Para evitar esses problemas, o exame clínico é sempre fundamental. O médico pode detectar a redução da pulsação das artérias e sentir a temperatura local por meio de exame clínico. Alguns sintomas são sugestivos desses problemas, tais como dor nas pernas após atividade física (como caminhada), extremidades dos pés frias, episódios de tonturas, etc.
Consultoria do Dr. Saulo Cavalcanti, Coodenador do Departamento de Complicações Crônicas da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Diabetes
A Diabetes também pode ser causada pelo sedentarismo e é bastante comum na terceira idade. É causada pelo acúmulo de glicose no sangue, quando o Pâncreas para de produzir insulina e o açúcar não é eliminado.